terça-feira, 6 de setembro de 2016
Dois
Tem vezes que a gente esbarra em alguém interessante que parece ter saído da nossa cabeça de tão incrível a conexão mental que existe. É como diria Charlie Brown: “tão natural quanto a luz do dia”, tão natural quanto uma luva que encaixa direitinho na mão sem sobrar espaço que precise ser preenchido. E a gente fica parecendo bobo da corte pensando o que será que aconteceu que eu fiquei tão avivado quando ele(a) falou comigo pela primeira vez e conseguiu prender minha atenção. O que será que aconteceu que a gente não conseguiu mais parar de falar. E é simples. Tu falas dos teus medos, tu contas tuas histórias, tu perguntas coisas que nunca perguntou à ninguém na vida. Tu mostras o que poucas pessoas viram em 10 anos em apenas 10 minutos porque de um jeito completamente esquisito aquele ser conseguiu ganhar tua confiança num simples balançar de mãos e acenar de cabeça. É doido demais. Um reconhecimento de cheiro, de palavras, de gestos. É um reencontro de sorrisos que parecem já ter se conhecido antes e de bocas que parecem conhecer o caminho certo do precipício. É uma loucura maravilhosa chamada encontro. O encontro de dois planetas distantes que orbitam em mundos diferentes, mas de alguma forma bem estranha parecem girar no mesmo sentido, até que se cruzam. E se salvam.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário