quinta-feira, 22 de setembro de 2016
Paredes
Há uma conexão dentro de mim que me faz acreditar no amor, na reciprocidade, no jeito, no gesto, na afetividade entre homem e mulher. Mas tenho andado com essa falta de fé. Não sei se é medo ou amargura, talvez seja bom, possa ser que perpetue ou talvez tenha cura. Criei fantasmas no meu coração de que tudo que chega uma hora partirá, e isso tem me impedido de amar. Eu gosto de sonhar, acreditar nos dias claros, nas manhãs suaves, no olhar sincero, no bilhete de amor escrito com caneta e papel, mas esse lado sombrio tem me sido cruel. Não quero me apaixonar por quem uma hora partirá. É difícil eu gostar de alguém e quando acontecer quero que seja especial. Tenho sido forte o bastante para que eu não possa me entregar. Não gosto dessa negação, eu sou feito de tudo, por mais que demostre ser fria, eu trasbordo esperança, amor e confiança. Comigo não tem meio-termo, porém não quero mais decepções. Criei esteriótipos de que uma hora a pessoa irá fazer tudo se desmoronar, isso ajuda a não me apegar, não sei até quando isso ira durar. Não quero chorar. Odeio despedidas. E sofro muito mais quando vejo que todo aquele vínculo lindo de cumplicidade e amizade acabará. Quisera eu que tudo fosse eterno. Mas é efêmero. Bem, pelo menos têm sido assim. Essa não sou eu, essa é o que as decepções me fez. Mas ainda sonho com o meu "era uma vez".
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