Sobreviver. A gente vive sem tanta coisa, mas crê que precisamos delas. Talvez por necessidade, apego, luxúrias ou hombridade. Quem poderá saber. Pode ser uma camiseta, lembrança, um carro, um livro, um momento, uma pessoa, ou finanças. Tu as de saber. Um sábio homem disse, vaidade por vaidade, tudo é vaidade. Minha maior vaidade foi um dia ter tido você. Soube que realizou seus sonhos, está com à vida formada. Encontrou alguém melhor que eu. Melhor talvez porque ela te fez ficar, algo que sempre fugiu. Do amor. Eu quis insistir, mas amar também é deixar partir. Você sabe meu bem, nunca desejei nada além do melhor para você. Sempre desejei te ver feliz, realizado, sem aquele rancor no coração que um dia alguém te feriu. Nosso amor pode ter sido uma brisa no verão, mas também pode ter sido como a rotação da terra no sol. Para sempre. Só queria te lembrar que isso nunca acabou. Mesmo depois de tantos anos e distantes, esse elo sempre nos ligou. Quem sabe um dia eu também encontre alguém. Mas meu primeiro amor, independente de todas as pessoas que passaram em minha estação, ele sempre será seu. Todos os dias lembrei de você, das suas doces palavras, porque você nunca foi dos melhores para externar sentimentos, mas eu sei o quanto me amou. Eu fui uma garota de sorte. Me conforto em ter sido amada por você. Porque amar é paz, não confusão. Amar é chorar, mas também sorri, ainda que o sorri do outro não seja teu. E foi assim, nas idas e vindas, brigas e reconciliações, eu percebi, nosso amor era nobre enquanto
existiu. Nada pode ser comparado a amizade leal. Cuidado, desejo, bondade, longanimidade. Existiu erros? Talvez! Somos dotados de defeitos. Mas foi verdadeiro, sem traição. Tudo virou memória. Quem poderia saber? Mas existiu. Nunca se esqueça de mim, eu não faço teatro, você já me conhece. Seja sempre feliz meu amor, te levo comigo, dentro do peito. Nunca me esquecerei de você.
quinta-feira, 28 de julho de 2016
segunda-feira, 18 de julho de 2016
Genealógica
Vida que gera vida
Dádiva querida
Ser menina ser mulher
Dom divino concebido
Amores verdadeiros, amores carentes
Pecado ardente da geração
Luz divina enxerta alegria
Dos doadores ao ser nascente
Encerra toda tristeza ao som do seu choro
Ser menino ou menina és um tesouro
Bendito seja teu ventre
Bendito seja o criador dessa gente
Dádiva querida
Ser menina ser mulher
Dom divino concebido
Amores verdadeiros, amores carentes
Pecado ardente da geração
Luz divina enxerta alegria
Dos doadores ao ser nascente
Encerra toda tristeza ao som do seu choro
Ser menino ou menina és um tesouro
Bendito seja teu ventre
Bendito seja o criador dessa gente
domingo, 17 de julho de 2016
Obscuro
Eis aqui solitária. Maria abandonada, perdida, desiludida, a procura da rota, uma placa na estrada que diga: siga. Caminha descalça, corte nos pés, mas a ferida é na alma. À floresta é escura, à noite fria, lobos estão à solta, confesso, sinto medo, porém nada comparável à dor que me causara. Seres sobrenaturais, dizem estar por perto, ouça, barulho nas árvores, será lenda? Amor deve ser uma lenda. Lendas será mentiras? Mentira é enganar o coração de alguém. Cicatrizes de peito fechado, palavras mais afiadas que espadas. Guerreiro, onde está minha hombridade que tu a levara? Preciso cingir-me novamente. Tal dor é latente. Eis me aqui despida, sem força e esperança, calejada pelos tombos da caminhada. Confiei, lhe dei minha mão para andar lado a lado, ser poesia e canção, mas teu desejo era me jogar do penhasco novamente. Seu desejo era rir. Me vejo caída, levante-se, Maria. Limpe o rosto, veja seu reflexo nas águas do rio, levante à cabeça, te veste da força interior, a estrada é longa. Sabes que a jornada nunca foi fácil, nunca há de ser. Assim rasgada, ferida, andando pela escuridão, tropeçando nas pedras, siga. Acene para os transportes, encontre uma bússola ou mapa. Terá sempre uma luz no final da estrada, sozinha ou acompanhada, teu caminho acharás.
Findando
Tenho andando vazia, o tom das cores não são mais os mesmo, a razão tomou conta, só ouço ruídos dos móveis no quarto. Vejo dias nublados, o acorde musical se tornou soneto, no quintal as folhas estão mortas ao chão, num tom madeira amarelada rasgada. O vento que bate traz o perfume que antes era suave, hoje se tornou amargo. Os bilhetes de afeto deixados na porta da geladeira, foram trocados por olhares vazios de dois desconhecidos que se conhecem muito bem. O livro do romance que antes era escrito, está empoeirado junto à lareira. O café esfriou, a cama não está mais desarrumada. O que era brisa se converteu em gelo cortante que impedem o sangue de bombear o coração. A magia do toque permanece distante, as luzes apagaram, o olhar está úmido. Na mente um barulho, nos lábios o silêncio.
sexta-feira, 15 de julho de 2016
Presságio
Estou voando sobre os montes de Preikestolen, eu sou uma fênix pairando sobre às águas profundas. Sou uma águia que aprendeu à voar. Sempre fui pequena, mas assas foram feitas para os céus. Quero ir além, além de mim, dos meus limites. Preciso de ar, preciso de força para chegar. Meu mundo está desabando, eu moro no caos sapateando nas pontas de uma agulha. Parada aqui quero ouvir meu interior, o som das águas, a calmaria de um lugar majestático. Lar é nosso eu, lar é nosso coração. Vou marcar nas árvores, gravar em pedras, o silêncio de minha mente. Onde você estará quando precisar ouvir seu interior? Repousará sua cabeça sobre a rocha? Sobre as nuvens? Não será apenas sua cama. Estamos juntos aqui e agora. Não importa para onde iremos. Lar. Nosso lar é nossa mente. Seja corajoso, esteja pronto para curar as cicatrizes do seu coração. Seja seu lar, conforto, repouse seu olhar sobre o céu. Esqueça o passado. Presságio. Sempre guardarei à força comigo, sua paz estará sempre em minha mente. Há um brilho por destras das nuvens, preciso de força, eu quero voar, vou atrás desse sinal, eu nunca o conhecerei se não tentar. Minha mente é meu lar.
quinta-feira, 14 de julho de 2016
Ontologia
Efêmero, vário, temporário. Tempo, relógio, dias, meses, anos. Tudo vai, tudo vem. O tempo não para, a órbita da terra gira em torno do sol 24 horas. Estações, verão, primavera, outono e inverno. Dia, tarde e noite. Tudo está em movimento, o que passou já foi, o que é, é, o que vai ser, há de vir. Nada volta a ser como antes, nada será como já foi um dia. Nascimento, crescimento, adolescência, jovem, adulto, velhice. Tudo é fase, tudo há de chegar e passar. Coube a nós humanos imortais, nos encaixarmos nessa bússola da vida, aceitar as voltas e despedidas. Meu relógio marca 07:06am. Não perca tempo, tempo substantivo, filosofia, ontologia, atemporal. Olhai para o céu, escabelo do trono do senhor do cais. Vida, não se repita, não se arrependa, viva. Não se turbe com o ontem, já foi. Viva hoje, construa. O amanhã cuidará, basta cada dia o seu mal. Tudo a seu tempo. Efêmero, vário, temporário. Tudo que chega há de passar.
terça-feira, 12 de julho de 2016
Pessoa singular
Tu tens o tom, um musical de Beethoven, arranjo em notas altas, que jamais ouvira. Tu és o sol, das 08:00am, aquece a pele, reflete nos olhos, expendido ao admirar. Tu és a chuva, forte em vigor, inunda os rios, desatando à correnteza, enche à fortaleza. Tu tens um doce, amargo ao início, saboroso, adocicáveis ao paladar. Tu tens um perfume, de madeira no ar, suave na pele, tocante ao inspirar. Tu és a noite, escura e acolhedora, revela segredos, lunar misterioso, desejos e magia. Tu és a árvore, frutos, seringueira, traz vida, beleza e raiz. Tu és o olhar, espelhos de luz, reflexo da alma, intenções do coração. Tu és o silêncio, calmaria, revelador, dois em um, sábio quem o traduz. Tu tens o dom, dádiva querida, amor divino, lírico aos anjos, expressado vivido, uma única vez. Tu és a razão de ser apenas um. Tu és único. Ninguém comparável. Jamais visto. Nunca sentido. Tu és tu.
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