domingo, 17 de julho de 2016
Findando
Tenho andando vazia, o tom das cores não são mais os mesmo, a razão tomou conta, só ouço ruídos dos móveis no quarto. Vejo dias nublados, o acorde musical se tornou soneto, no quintal as folhas estão mortas ao chão, num tom madeira amarelada rasgada. O vento que bate traz o perfume que antes era suave, hoje se tornou amargo. Os bilhetes de afeto deixados na porta da geladeira, foram trocados por olhares vazios de dois desconhecidos que se conhecem muito bem. O livro do romance que antes era escrito, está empoeirado junto à lareira. O café esfriou, a cama não está mais desarrumada. O que era brisa se converteu em gelo cortante que impedem o sangue de bombear o coração. A magia do toque permanece distante, as luzes apagaram, o olhar está úmido. Na mente um barulho, nos lábios o silêncio.
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