quinta-feira, 12 de novembro de 2020
Cais
Eu ainda não descobri o que vi em seus olhos castanhos, mas tenho a sensação de que estou olhando para o céu em uma noite agradável. Há tantas coisas que eles carregam, e eu quero poder decifrar, assim como os astrólogos traçam os mapas planetários. Também ainda não sei como chegamos até aqui, ou entender o que sentimos, mas se existe essa coisa de alma e destino, acredito que em algum momento nós nos encontraríamos.
E é por isso que no meio desse interstício eu não quero desistir de nós. Mesmo que a violenta tempestade chegue e mude a direção das velas do nosso barco. Eu quero ser a âncora que firma subterrâneo e segura nosso amor. Ainda preciso aprender muito sobre isso, mas eu juro que estou dando meu melhor. Mesmo que eu não diga.
E nos dias que você estiver submerso em conflito com seu coração, eu estarei na proa te esperando para navegar novamente.
Porque eu sei que a vida são como as ondas, ora calma, outrora agitada, serena, e brava. E assim coma a imensidão do mar sempre temos muito a aprender e descobrir.
Eu não quero ser alguém que vai embora tão facilmente como um objeto inerte, quero ser aqueles corais que duram mesmo depois de muitos anos no fundo do mar. Eu quero que dessa vez seja diferente. Porque quando duas pessoas se importam uma com a outra, elas sempre procuram um jeito de fazer as coisas darem certo, não importa o quão difícil seja, entre verões e temporais, perpetuará.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário