sábado, 19 de setembro de 2020
Quietude
Meu silêncio é a melhor poesia que já escrevi. Dele sai o melhor som. Um som que sai da minha alma.
Nele eu me aprofundo, componho sobre meus temores e dores.
Ele expressa o que há de mais bonito em mim, pois quando me isolo, eu to aprendendo a crescer e amadurecer. Entendendo o que é preciso deixar vir e partir.
Na expressão do meu silêncio, eu dedilho em notas graves o que exala o meu frágil coração.
Ele reflete meu ser, decifrar minhas lágrimas e me faz ouvir o canto dos céus.
No silêncio me conecto com a minha fé, aprendo a ser paciente e sinto a dor se esvair a tornando em epopeia.
Ele me diz tudo que é necessário, sem precisar soltar uma sequer palavra.
O silêncio me ajuda a enxergar aquilo que não é possível ver com os olhos naturais.
Nele eu observo em entrelinhas o sinônimo das monossílabas.
Em silêncio eu volto a ser aquela criança inocente que enxergava uma humanidade boa caridosa. Ele me transporta a fase da vida em que meus sonhos eram maiores que meus medos.
No silêncio eu aprendo mais de mim mesma e o valor das coisas. Ele é mais cruel que as minhas palavras.
O silêncio faz parte de mim.
Como a melodia que faz a música.
Como as nuvens que acinzenta os dias nublados. Como aquela primeira gota de que cai aflita avisando que um temporal de mudanças está por vir.
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