quarta-feira, 28 de setembro de 2016
Dele
Ele é assim todo errado. Cheio de defeitos, chato, rabugento, não gosta de expor sentimentos. Pessimista que só. O pior que peguei essas manias dele. Ele também é todo correto. Sim, do tipo que arruma a casa, paga as contas e entrega trabalhos na data correta. Ele tem uma dificuldade enorme para dizer um "eu te amo". Não que deva haver facilidade, mas é que para ele é difícil dizer até para quem se ama. Porém se disser, saiba que é o mais puro e verdadeiro dos sentimentos. E não fique esperando mil declaração dele. Ele me encanta e desencanta. Acho que amor é isso, ser capaz de aceitar até os mais ríspidos defeitos. Como ele mesmo diz, quando a gente ama até suporta. Ele é aquela pessoa que eu nunca vou me arrepender de ter conhecido. Ter confiado, amado, me entregado. E não tenho medo de ser quem eu sou com ele. Sem frieza, sem orgulho, sem meias palavras. Ele me faz ser alguém melhor todos os dias, mesmo que a gente não se fale. Ele me ensinou as melhores coisas sobre um casal. Eu nunca tive essa sensação que tenho ao lado dele, que é ele. Ainda que a gente vá e volte 360 mil vezes. Nós sempre estaremos aqui. Amizade raridade. Já tivemos todos os motivos para nos afastar, mas a vida escolheu nos unir de uma forma que nenhum outro ser humano irá suprir. Bom, e acho que quando se ama não se desiste no primeiro sinal de problemas. Ele é assim, homem, senhor, menino. Finge que não se importa com nada, mas no fundo quer ver as pessoas bem, morre de preocupação e faz o que pode para ajudá-las. Deita a cabeça no travesseiro e fica pensando nas responsabilidades diárias e no quanto vai se estressar com tudo isso, porém não deixará nada em branco. Só não o atrapalhe quando estiver jogando Fifa. Eu o amo assim, do jeito que ele é. Porque eu amo o jeito dele. Ele é inteligente, e sabe o tamanho da atração que sinto nisso por ele. Sarcástico, engraçado, safado. E tantas outras coisas boas que só me fazem o querer mais. De todas as coisas o que mais o admiro, é a sinceridade, a confiança que ele me passa, e o jeito de me dizer e provar que sempre estará aqui comigo, mesmo que seja para brigar. Mesmo que a gente não esteja mais juntos. Ele sempre estará aqui. Ele nunca vai embora. Talvez vá, mas sempre volta. Não temos ciúmes, nem posse, porque somos pra sempre. Ainda que ele case e more na Bósnia. Somos para sempre. Eu não vou desistir do que temos, mesmo se um dia souber que nossa porcentagem de dar certo é zero. Eu sempre vou estar aqui. De alguma forma sempre estarei. Não tem explicações nem "porquês". Algumas coisas não tem explicação. Simplesmente valem a pena. Apesar de tudo. Tudo que chega, chega por uma razão. Não importa o tempo que passe, o que aconteça. O que vale é o que está dentro de nós. Ele estará sempre dentro de mim.
quinta-feira, 22 de setembro de 2016
Paredes
Há uma conexão dentro de mim que me faz acreditar no amor, na reciprocidade, no jeito, no gesto, na afetividade entre homem e mulher. Mas tenho andado com essa falta de fé. Não sei se é medo ou amargura, talvez seja bom, possa ser que perpetue ou talvez tenha cura. Criei fantasmas no meu coração de que tudo que chega uma hora partirá, e isso tem me impedido de amar. Eu gosto de sonhar, acreditar nos dias claros, nas manhãs suaves, no olhar sincero, no bilhete de amor escrito com caneta e papel, mas esse lado sombrio tem me sido cruel. Não quero me apaixonar por quem uma hora partirá. É difícil eu gostar de alguém e quando acontecer quero que seja especial. Tenho sido forte o bastante para que eu não possa me entregar. Não gosto dessa negação, eu sou feito de tudo, por mais que demostre ser fria, eu trasbordo esperança, amor e confiança. Comigo não tem meio-termo, porém não quero mais decepções. Criei esteriótipos de que uma hora a pessoa irá fazer tudo se desmoronar, isso ajuda a não me apegar, não sei até quando isso ira durar. Não quero chorar. Odeio despedidas. E sofro muito mais quando vejo que todo aquele vínculo lindo de cumplicidade e amizade acabará. Quisera eu que tudo fosse eterno. Mas é efêmero. Bem, pelo menos têm sido assim. Essa não sou eu, essa é o que as decepções me fez. Mas ainda sonho com o meu "era uma vez".
terça-feira, 6 de setembro de 2016
Dois
Tem vezes que a gente esbarra em alguém interessante que parece ter saído da nossa cabeça de tão incrível a conexão mental que existe. É como diria Charlie Brown: “tão natural quanto a luz do dia”, tão natural quanto uma luva que encaixa direitinho na mão sem sobrar espaço que precise ser preenchido. E a gente fica parecendo bobo da corte pensando o que será que aconteceu que eu fiquei tão avivado quando ele(a) falou comigo pela primeira vez e conseguiu prender minha atenção. O que será que aconteceu que a gente não conseguiu mais parar de falar. E é simples. Tu falas dos teus medos, tu contas tuas histórias, tu perguntas coisas que nunca perguntou à ninguém na vida. Tu mostras o que poucas pessoas viram em 10 anos em apenas 10 minutos porque de um jeito completamente esquisito aquele ser conseguiu ganhar tua confiança num simples balançar de mãos e acenar de cabeça. É doido demais. Um reconhecimento de cheiro, de palavras, de gestos. É um reencontro de sorrisos que parecem já ter se conhecido antes e de bocas que parecem conhecer o caminho certo do precipício. É uma loucura maravilhosa chamada encontro. O encontro de dois planetas distantes que orbitam em mundos diferentes, mas de alguma forma bem estranha parecem girar no mesmo sentido, até que se cruzam. E se salvam.
Assinar:
Postagens (Atom)