segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Afetropia

Aqui dentro ainda transborda tanto de você que meu amor poderia preencher essa lacuna que colocaram entre o céu e a terra. Embora às vezes eu padeça por te ver ir embora, eu quero que você continue sendo bom pra sí mesmo. E eu vou ser para mim. Mas tem dias que a gente se perde, regressa, dá uns passos para trás esperando que outro também volte um pouquinho e estenda a mão. A gente acha que tá deixando o outro ir, que ta conseguindo, e aí tem esses gatilhos de lembranças. E tu desaba. E volta. Sempre volta. É que eu quero ser sincera. Sem metáforas, sem argumentos, sem discursos. Eu sinto tanto a tua falta. Nós sempre fomos improváveis, variáveis e incertezas, mas amar, sempre foi a nossa convicção. Você é a síntese dos meus melhores sentimentos, e eu tenho um cair infinito por você. A afetropia que há em nós, se resume a um só universo. O nosso.

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