quarta-feira, 20 de setembro de 2017

Nublado

Tem horas em que a gente precisa guardar a dor no bolso e continuar vivendo. É necessário um tempo só pra gente colocar os sentimentos em ordem, botar os pés no chão e entender que pra tudo existe uma razão. Parece simples. O problema é que eu não sei controlar o que eu sinto, e eu sempre sinto tudo demais. Amo demais. Sofro demais. Me machuco demais. É muito confuso quando a dor e as coisas boas se misturam e você não sabe separar. Parece que a dor sempre esteve por ali. Nunca foi embora. Meu pior erro foi me tornar dependente de um amor quem nem era meu. Acabei me perdendo tanto que agora não consigo me encontrar mais. Lutar contra seus próprios sentimentos resulta em um enorme desgaste emocional. Os dias estão difíceis, as madrugadas andam longas, e você não consegue controlar o que está dentro de si. Tenho que me refazer e me reencontrar. Nem sei mais dessas tardes vazias onde tudo parece tão grande e o tempo parece não passar. Está nublado em mim.

segunda-feira, 4 de setembro de 2017

Afetropia

Aqui dentro ainda transborda tanto de você que meu amor poderia preencher essa lacuna que colocaram entre o céu e a terra. Embora às vezes eu padeça por te ver ir embora, eu quero que você continue sendo bom pra sí mesmo. E eu vou ser para mim. Mas tem dias que a gente se perde, regressa, dá uns passos para trás esperando que outro também volte um pouquinho e estenda a mão. A gente acha que tá deixando o outro ir, que ta conseguindo, e aí tem esses gatilhos de lembranças. E tu desaba. E volta. Sempre volta. É que eu quero ser sincera. Sem metáforas, sem argumentos, sem discursos. Eu sinto tanto a tua falta. Nós sempre fomos improváveis, variáveis e incertezas, mas amar, sempre foi a nossa convicção. Você é a síntese dos meus melhores sentimentos, e eu tenho um cair infinito por você. A afetropia que há em nós, se resume a um só universo. O nosso.