terça-feira, 28 de maio de 2019
Mil quatrocentos e sessanta e um dias.
A linha tênue entre o tempo, o lugar, nós dois. Vislumbro fragmentos de algo — que ainda será. O cata-vento gira, em harmonia com o vento. Vento esse que parece só falar de você. Traz seu cheiro, seu nome, sua essência. Eu só sei sentir, saudades. Quilômetros não são maiores que o espaço que você ocupa em meu peito. Se te vejo, logo desvio meus olhos, mesmo tendo já todos teus mínimos traços guardados dentro de mim. Não consigo te encarar depois você me notar fixamente. Fico sem reação, sem saber o que fazer depois. Tu pareces ter um dicionário que decifra meus olhos, meu sorriso, meu corpo e meu coração. Pois, tu sabes, que todos estes te pertencem. É incrível a serotina que você causa em mim. Mas não é só sobre sentir. É sobre ser. E você sabe exatamente como ser. Faz muita diferença na vida da gente alguém presente, mesmo com a rotina pesada e cheia de problemas existentes. Alguém que sabe te compreende só um pouquinho de quem você é e sente. Que fala quando você está errado, o que não é o certo, que te ensine sobre a vida e que dá a maior força para você ser melhor. Alguém que seja seu amigo. Dar certo não é sobre especificamente durabilidade. E sim, pela intensidade da coisa, pelo afeto compartilhado, pelas experiências trocadas e principalmente pelo crescimento pessoal. Isso sim é dar certo! Quando amamos alguém, e esse alguém nos faz bem, o coração parece sentir uma vontade enorme de gritar pro mundo que estamos felizes, mas, ao mesmo tempo, sabemos que algumas felicidades só são vividas de verdade se compartilhadas com poucos — ou ninguém. Te amar é bom assim. A vida é um mapa sem rosa-dos-ventos, e entre tantos anos, em meio a tantos outros, eu agradeço mais um ano por ter encontrado você.
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